segunda-feira, 26 de abril de 2010

About: crônicas

Hellooooo lovers, prometo que o post de hoje vai ser menos boring do q o outro q eu fiz :P

Como diz o titulo, hoje o tema é crônica.
Esse gênero literário leve e descontraído que eu adoro! (principalmente as do Luís Fernando Veríssimo)

A crônica pode ser narrativa (uma estoria, que faz uma critica normalmente de modo humorístico) ou comentário (normalmente são mais sérias). Existem outros tipos, mas esses são os mais comuns. A crônica parte de uma reação-resposta do cronista a algum fato do cotidiano e seu principal objetivo é levar o leitor a refletir sobre determinado assunto. (aulas de português mode on).

As crônicas podem ser encontradas em jornais, revistas e nos sites de pesquisa :P

Well, chega de enrolação, acho que com o meu pequeno resuminho já da pra ter uma idéia de como é uma crônica.

Tenho quase certeza de que vocês já devem ter lido uma, mas não essa. Se já leu, vale a pena ler de novo! :)


— Você não sabe o que me aconteceu!

— O quê?

— Uma coisa incrível.

— O quê?

— Contando ninguém acredita.

— Conta!

— Você não nota nada de diferente em mim? Não está faltando nada?

— Não.

— Olhe.

E ele mostraria o dedo da aliança, sem a aliança.

— O que aconteceu?

E ele contaria. Tudo, exatamente como acontecera. O macaco. O óleo. A aliança no asfalto. O chute involuntário. E a aliança voando para o bueiro e desaparecendo.

— Que coisa - diria a mulher, calmamente.

— Não é difícil de acreditar?

— Não. É perfeitamente possível.

— Pois é. Eu…

— SEU CRETINO!

— Meu bem…

— Está me achando com cara de boba? De palhaça? Eu sei o que aconteceu com essa aliança. Você tirou do dedo para namorar. É ou não é? Para fazer um programa. Chega em casa a esta hora e ainda tem a cara-de-pau de inventar uma história em que só um imbecil acreditaria.

— Mas, meu bem…

— Eu sei onde está essa aliança. Perdida no tapete felpudo de algum motel. Dentro do ralo de alguma banheira redonda. Seu sem-vergonha!

E ela sairia de casa, com as crianças, sem querer ouvir explicações. Ele chegou em casa sem dizer nada. Por que o atraso? Muito trânsito. Por que essa cara? Nada, nada. E, finalmente:

— Que fim levou a sua aliança? E ele disse:

— Tirei para namorar. Para fazer um programa. E perdi no motel. Pronto. Não tenho desculpas. Se você quiser encerrar nosso casamento agora, eu compreenderei.

Ela fez cara de choro. Depois correu para o quarto e bateu com a porta. Dez minutos depois reapareceu. Disse que aquilo significava uma crise no casamento deles, mas que eles, com bom-senso, a venceriam.

— O mais importante é que você não mentiu pra mim.

E foi tratar do jantar.


Luís Fernando Veríssimo - Do livro “As mentiras que os homens contam"



E ai? gostaram? querem ler mais cronicas?
eu recomendo as do Luís Fernando :F (fã number one):

http://www.pensador.info/autor/Luis_Fernando_Verissimo/

Beeeeeijos e até a próxima! (wtf? o_o)

5 comentários:

  1. Luis Fernando verissimo é o cara!! euri hausahsuah

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  2. cronica é legal a partir do momento q vc não tem q fazer uma, as cronicas q eu fiz não ficaram boas :x

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  3. legall migahh gostei,*-*

    =D

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  4. Adoro as cronicas dele são engraçadas!!
    Mais eu sirvo pra fazer :x

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